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Inteligência Emocional em tempos de pandemia

Com Marcelo Forlani, do Omelete e CCXP

Inteligência Emocional em tempos de pandemia
Helena Sachs
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O tema deste post é fruto de um bate-papo com Marcelo Forlani, do Omelete e da CCXP (Comic Con Experience), com o professor Roberto Sachs, fundador da Rock Ensina, acerca do tema de Inteligência Emocional em Negócios Criativos, como transformar paixão em uma empresa lucrativa.

Assista o conteúdo em vídeo ou leia o texto abaixo 😉

De publicitário a dono do Omelete: habilidades essenciais do sócio-fundador de uma das maiores empresas de entretenimento do Brasil

A trajetória de Marcelo Forlani se iniciou quando resolveu cursar na ESPM (Escola Superior de Propaganda e Marketing), o curso de publicidade e propaganda, saindo de uma cidade interiorana, para investir em sua carreira em São Paulo.

Na sua graduação, realizou o seu primeiro estágio na rádio Rock 89,1 FM, já que gostava muito música e estava vivendo os anos 90, época em que o rock’n’roll, como consequência de um movimento grunge no Brasil, estava em destaque nacional, dando palco para o surgimento de diversas bandas como Raimundos, Nação Zumbi e Charlie Brown Junior.

Depois de graduado, passou pela editora Abril, pela AOL e Zenza Digital, até chegar na fundação do grupo Omelete em 2000, cuja extensão do trabalho se dá até os dias de hoje, após quase 21 anos. Nesse meio tempo como sócio-fundador da Omelete, foram abertos novos horizontes como a CCXP e a loja online chamada de Mundo Geek.

Nesse meio tempo morou fora, em Londres e Paris, para treinar o seu inglês por conta de novos caminhos que se abriam, ligados ao jornalismo, como a realização de entrevistas. Desenvolveu, dessa forma, além de muita diversidade cultural, também a parte de comunicação e ampliação de repertórios com diferentes vivências do que estava habituado.

Podemos dizer então que a trajetória de sucesso de Forlani está muito ligada com os mantras da Rock Ensina, entre eles o de que não há almoço grátis e o de que é necessário se qualificar constantemente, já que, mediante a educação continuada de jovem até veterano, o sócio-fundador do Omelete desde que entrou no mercado está em constante trabalho árduo, buscando o conhecimento incessantemente e insights criativos que dão luz à inovação.

De acordo ainda com o método de ensino da Rock Ensina, que faz a divisão das competências de um profissional em trilhas de cores (amarelo, azul, verde e vermelho) para que haja uma compreensão técnica porém ao mesmo tempo lúdica e interessante, a trajetória de Forlani compreende todas as trilhas, azul, no âmbito do conhecimento e estudo, verde, em relacionamento e networking, amarelo, na inteligência emocional e criatividade e, por último mas não menos importante, vermelho, na iniciativa de ação, trabalho e arrojo.

A trilha azul, do conhecimento, está muito relacionada com o seu início de carreira, englobando os estágios e a graduação de ponta que escolheu cursar, a trilha amarela tem relação com a diversidade cultural, ao se abrir novos horizontes para aprender novas línguas, viver novas experiências, como fruto da escolha de morar fora do Brasil. A trilha verde, que se relaciona com a comunicação e networking que tanto desenvolveu em sua trajetória, e a trilha vermelha que se identifica com o arrojo e ousadia em assumir riscos e criar o Omelete.

Para Forlani, há duas habilidades fundamentais para se ter uma carreira de sucesso profissional, a primeira é ter uma bagagem de conhecimento, saber muito bem o que se faz, aumentando o repertório das mais variadas formas, se especializando na sua área. Por exemplo, para ser um crítico de cinema, é necessário assistir a filmes de todos os gêneros, terror, documentário, comédia romântica, ficção, para se ter base de comparação crítica e de ponta.

A segunda habilidade se resume em ter coragem, vontade de fazer acontecer, “ir para cima” e entender desde cedo que a trajetória vai ser construída a partir de erros e fracassos, para se chegar ao sucesso. É na dor e na cicatriz que se aprende, que se tira lições que vão fazer com que a chance de se cometer o mesmo erro novamente praticamente seja anulada. Mas para isso, não se pode abaixar a cabeça, é necessário continuar buscando a constante evolução e aprendizado.

As habilidades se resumem, então, de acordo com o professor Roberto Sachs, em pôr a mão na massa, partir para ação e para o trabalho árduo, já que só na repetição ganhamos ainda mais fluência e aptidão no que fazemos, além de compreendermos cada vez mais o propósito que faz todo esse trabalho e esforço ter sentido. Tudo isso está interligado à trilha vermelha, que traz muito bem o conceito de antifrágil, que se resume em crescer mediante o caos, tirar lições com os nossos erros e situações adversas, se fortalecendo e evoluindo com eles, saindo mais preparado para a próxima experiência.

Para Forlani, ainda, a experiência de errar é de extrema importância, mas deve ser ressaltado que a reação após falha é muito importante, quanto mais rápido você compreender que sua aposta foi equivocada, mais próximo do acerto você estará, podendo fazer um desvio de rota e consertar a direção da sua trajetória.

Inteligência Emocional e Criatividade: como liderar e motivar diferentes gerações e profissionais em tempos de pandemia

Como o grupo Omelete conversa muito com o mundo jovem, que é formado por essa comunidade pop, fazendo com que diferentes gerações e profissões convivam juntos, Forlani tem usado a estratégia de se manter mais próximo da equipe, compreendendo erros e acreditando sempre em uma liderança benigna.

Isso está muito interligado com o que a Rock Ensina acredita que deve ser utilizado para se ter uma boa e genuína liderança, diferente do que vemos no mercado em geral que são chefias, supervisores e gestores intolerantes aos erros e distantes de sua equipe, com uma comunicação que não gera proximidade e identificação, o que faz com que não haja inspiração, gerando muita desmotivação para a equipe, que geralmente não compreende o propósito do trabalho que estão realizando.

Após mais de um ano convivendo com a pandemia de Covid-19, e necessitando de novas adaptações para melhorar o trabalho de home office, Forlani ressalta como a privação de contato com pessoas, de comunicação e de estar presente faz falta. Porém, essa proximidade e acolhimento continuam existindo, ainda que não da mesma forma, por meio das novas tecnologias, que permitem reuniões a distância, sendo muito necessária, já que os mais jovens estão sendo um dos grupos mais afetados com toda essa mudança no mundo em que vivemos.

Por isso, a conversa e troca com a sua equipe, deixando de lado uma comunicação hierárquica, proporciona uma confiança e parceria que fazem a diferença para que haja o desenvolvimento de um trabalho produtivo. Forlani descreve como um “modo humanista”  de liderar, que faz com que não se tenha funcionários no final do dia, mas sim pessoas parceiras que você pode contar.

Isso diz muito acerca da liderança benigna que a Rock Ensina acredita, sendo de extrema importância estar presente, dando direção, apoio, sendo tolerante os erros e acolhendo a equipe, ainda mais em um período de tantas incertezas e inseguranças como agora. Já que, de acordo com Simon Sinek, você não pode motivar o desmotivado, mas você pode inspirá-lo.

Forlani preceitua ainda que quando ele dá direção de que algo não vai dar certo e alguém sua equipe faz mesmo assim, assumindo o risco, ele lembra sempre de que a pessoa não é só o erro e nem só o acerto. Portanto, é necessário olhar para o resto, por toda sua jornada, pelo tanto de coisas que ela fez de agregador. Se você depender de um acerto para ser promovido, ou de um erro para ser despedido, nada vai para frente, já que o erro é algo humano. É necessário olhar o mapa geral, pontuando as evoluções das pessoas conforme o tempo.

A liderança e gestão de pessoas está presente na trilha verde da Rock Ensina, e um dos fundamentos para que haja uma liderança benigna é a empresa ter um propósito bem definido, entendendo que ela tem um papel social de desenvolver cidadãos. Se o problema de os jovens não lidarem bem com frustrações, devido à superproteção comumente associada aos pais e aos avanços tecnológicos, que dão uma falsa ilusão de instantaneidade e facilidade das coisas, já existiam de forma imensurável, com a pandemia isso se agravou ainda mais.

Por isso, é necessário cada vez mais de acolhimento e apoio por parte das empresas, já que as angústias e frustrações sentidas pelos jovens devem ser compreendidas por diversos fatores, devendo ser cuidadas pela empresa para que não se percam talentos que muitas vezes se encontram apagados por conta da falta de líderes no mercado, falta de pessoas que não sabem lidar com o conflito geracional e gestão de pessoas da maneira como deve ser feito.

A lição que fica tem relação com uma frase do Elon Musk, em que ele diz que vivemos em um coletivo mundial, as relações possuem interconexão, há uma facilidade de troca muito grande, o futuro é investir no capital humano. Por isso, conhecer pessoas e ajudar é o ponto-chave para gerar um trabalho agregador à empresa e toda equipe.

Paixão versus trabalho: qual a dose ideal para o sucesso nos negócios?

Um estudo de 2018, do consultor de carreiras Fredy Machado, apontou que 90% estavam infelizes com o seu emprego, destes, 65% almejavam fazer algo diferente do que estavam fazendo no momento e 60% tinham o problema de falta de gestão do tempo na área pessoal de suas vidas.

Um outro estudo recente das novas gerações, apontou que 50% dos jovens disseram que almejavam ter um negócio próprio, dando como causas para infelicidade no trabalho a necessidade de se definir a profissão que vai seguir tão cedo, por conta de uma pressão social e ainda a imposição por parte dos pais acerca de qual rumo deveriam seguir.

Levando em consideração que o sucesso é composto por 90% é transpiração e 10% inspiração, de acordo com Thomas Edison, é necessário compreender que a primeira coisa que se deve fazer é sair da zona de conforto, pois até mesmo as pessoas que amam o que fazem precisam se esforçar, trabalhar muito, ter disciplina e continuar realizando tarefas que não gostariam, mas que necessitam fazer.

De acordo com Forlani, apesar da maioria de suas experiências profissionais estarem conectadas a algo que amava, também já passou por momentos no início de sua carreira em que experimentou trabalhos que não traziam sentido para sua vida, mas logo percebeu e mudou a rota para aquilo que realmente almejava. Por isso, a dica que fica é a de que não se deve continuar algo que você não se conecta, porque isso vai fazer com que não se enxergue propósito para aquilo e o trabalho se torne robótico.

A paixão está presente em um dos 8 traços dos profissionais de sucesso, e está muito conectada ao trabalho, já que devemos fazer aquilo que traz sentido para nossas vidas. Além disso, ela é fruto do autoconhecimento e da diversidade de repertórios que se traduz em compreender o que gostamos de fazer e o que está mais compatível com o nosso perfil.

A Rock Ensina acredita que a interligação dos desejos pessoais com os desejos profissionais é o melhor dos mundos e proporciona a criação de empresas inovadoras e de sucesso, como é o caso do Omelete, que é considerado hoje uma das maiores empresas no ramo de entretenimento no Brasil.

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