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Inteligência emocional no trabalho

Inteligência emocional no trabalho
Helena Sachs
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60% do sucesso profissional está concentrado na presença da habilidade de inteligência emocional. Neste post vamos explicar como desenvolvê-la para lidar melhor com as emoções.

O tema foi pauta da masterclass do professor e CEO da Rock Ensina, Roberto Sachs e a empresária e influencer Marcela Margato, do dia 10 de fevereiro de 2021. A inteligência emocional é a habilidade de maior importância dos dias de hoje e deve ser bem trabalhada para que haja o desenvolvimento profissional. Vamos mostrar hoje como suportar a pressão e lidar com as emoções de maneira racional e assertiva.

Assista o conteúdo em vídeo ou, se preferir, leia o texto abaixo 🙂

O que é Inteligência Emocional?

A inteligência emocional é a habilidade de você saber trabalhar sob pressão sem perder o foco e agilidade na busca por resultados. Ela está muito ligada a uma concentração máxima, juntamente com uma tomada rápida de decisões em momentos de grande tensão, ou seja, na pior condição possível. Por isso, a falta dela causa um estrago tão grande na carreira de um profissional, pois o seu oposto é tomar atitudes com impulsividade e pura emoção.

A Inteligência Emocional e o desempenho profissional

A inteligência emocional atualmente ocupa o primeiro lugar das habilidades mais necessárias dos profissionais no mercado de trabalho. De acordo com o professor Roberto Sachs, 60% do sucesso de um profissional está atrelado a ela. A trilha amarela Rock Ensina traz a sua representação e demonstra a necessidade da inteligência emocional em todos os ramos da vida.

A condição de momentos recorrentes de tensão é consequência da era da modernidade, em que tudo é incerto, acelerado e com muitas mudanças, o que gera ruído com a funcionalidade do nosso cérebro. Esse, em sua essência, é monotarefa, ou seja, é programado para executar poucas tarefas por vez, e sequencialmente. Diante disso, ao lidar com adversidades há uma tendência natural do nosso cérebro de buscar a solução nas emoções.

Pode-se dizer então que a decisão por impulso, em suma, se dá pelo desgaste cerebral decorrente do momento intenso em que vivemos, da era da informação, a qual engloba um bombardeio de informações diárias juntamente com uma pressão constante pela instantaneidade, o que faz com que as pessoas se sintam cada vez mais sobrecarregadas e, consequentemente, se tornem mais impacientes.

Como segundo aspecto, podemos destacar que a falta de inteligência emocional se dá também pelo fato de que a proximidade traz emoção por si só. A prova disso é que, de acordo com o professor Roberto, ninguém é muito normal visto de perto. Isso significa que as “personas”, que são caracterizadas pelos estereótipos carregados por cada um para suportar o mundo aleatório, se desvinculam sob intensa emoção, quando inesperadamente ocorrem problemas do dia a dia.

Isso é decorrência do convívio habitual e próximo com pessoas, o que faz com que se torne descomplicado correr para o lado da emoção e explosividade na maioria do tempo. Com relação às empresas, até mesmo os líderes se encontram muito próximos da operação do trabalho, e com isso tal rotina operacional extrai a perspectiva da realidade, ou seja, naturalmente há um distanciamento da solução e como consequência os nervos ficam à flor da pele.

A pandemia do coronavírus também foi um fator de agravo para a falta de inteligência emocional nas pessoas, já que um dos motivos para tal é a perda de hábitos e costumes, um dos principais problemas decorrentes desse momento tão delicado que estamos vivendo. Há também o fator social, que foi muito impactado pelo distanciamento e isolamento, que se tornaram parte de uma cultura chamada de “novo normal”.

Fato é que a reação de perder a estabilidade gera muito desconforto, e vai proporcionar comportamentos e emoções que estamos acostumados a sentir em momentos de pressão e inteligência emocional. Por outro lado, o estado de tensão e desconforto acabam tendo um lado positivo, que é fazer com que o aumento do nível de concentração aumente. A dica de ouro para se tornar uma pessoa com inteligência emocional é mapear as sensações e emoções do momento, para entender melhor como você se comporta diante delas.

Outra orientação para controlar melhor as emoções é criar o hábito da anotação, que consiste em colocar para fora, no papel, os sentimentos, angústias e melancolias que sentimos. Além disso, conforme o conceito de “antifragilidade” do mundo moderno, se aprende com os erros, ou seja, é necessário encarar o caos para tirar lições e aprendizados dele, com isso conclui-se que a inteligência emocional pode ser muito bem praticada conforme a vivência de novos desafios.

O professor Roberto Sachs ainda acrescenta que, para ter equilíbrio emocional, é também necessário se desconectar das tecnologias, realizando um jejum de dopamina, o qual é um neurotransmissor relacionado ao bem-estar e à recompensa, muito bem utilizado pelas redes sociais. Ainda segundo a psicóloga Anna Lucia King, as pessoas não possuem consciência de que o cérebro está liberando dopamina, mas como sentimos prazer, automaticamente vamos em busca daquilo novamente.

O psiquiatra Sean Parker ainda chegou a dizer que o problema é que a internet é só para rir, só dopamina, enquanto a vida real é muito mais tristeza do que satisfação e, consequentemente, as pessoas ficam despreparadas para o dia a dia, porque é a rejeição que faz a gente aprender a viver. Pode-se concluir, então, que o jejum tecnológico é de extrema importância, ainda mais no Brasil que a média dos usuários de internet gira em torno de nove horas diárias, de acordo com os dados da empresa GlobalWebIndex.

Portanto, a inclusão de atividades contemplativas, como meditação, yoga e prática de mindfulness, presentes na trilha amarela Rock Ensina, são essenciais para manter uma mente saudável, o que inclui uma melhora na criatividade, na concentração, na paciência, na tolerância e tantos outros fatores.

A importância da Inteligência Emocional nas lideranças

Com relação às empresas, é imprescindível a obtenção de uma liderança de qualidade, já que o líder tem o papel de inspirar pessoas e deve possuir um equilíbrio emocional acima da média, já que ele se apresenta como um modelo a ser seguido e o seu comportamento é validado a todo instante, até mesmo em silencio. Aqui na Rock Ensina temos o curso de liderança mais completo do país, formando líderes competentes para lidar com pessoas e transformar empresas.

Edgar Henry Schein, considerado uma autoridade no tema da psicologia organizacional, o pai do desenvolvimento organizacional, e criador dos conceitos de cultura corporativa, psicológica e âncora de carreira, afirma que as duas coisas que são responsáveis pela formação de cultura de uma empresa, ou seja, de como ela vai se comportar, que se resumem na reação dos líderes ao enfrentar uma crise e a sua medição e controle.

Há ainda o fator de que as novas gerações se mostram cada vez mais carentes de autoestima, quando comparada às gerações anteriores, e isso não está relacionado à culpa exclusivamente delas, mas a uma soma de fatores que incluem uma sociedade que proporciona diversas conveniências e uma superproteção dos pais perante os filhos, fazendo com que o amadurecimentos dos jovens demore a vir e, tudo isso, somado a um excesso de tecnologia faz com que esse jovem, ao se deparar com o mercado de trabalho, se sinta totalmente desamparado para lidar com as emoções.

Com isso, aparece a única esperança para esse problema, que é a de uma liderança benigna que consegue identificar o jovem que está despreparado e o acolher, sabendo liderar e inspirar de maneira correta. A importância é tão grande desse movimento de inclusão de lideranças competentes nas empresas, pois, caso haja falha nessa gestão, como ocorre na maioria das empresas, em que os líderes são apenas chefes, o jovem perde o chão de vez, já que o circuito se fecha, ele já bateu a cabeça em todos os âmbitos e isso ocasiona o aparecimento de diversos problemas psicológicos.

Atualmente, há falta de bons líderes no mercado, e essa devia ser a prioridade de melhoria de todas as empresas, já que a gestão de múltiplas gerações sob o mesmo teto é das mais complexas. Mas, infelizmente, um líder preparado para esse cenário é o que menos se encontra. O desamparo recorrente dos jovens impacta na equipe, na cultura empresarial e nos lucros da empresa. Para se ter uma ideia, quando se trata apenas de um conflito geracional no ambiente de trabalho, há um impacto de 10% do lucro de uma empresa.

Os pilares da Inteligência Emocional

Também considerados como os pilares da Rock Ensina e de estudos relacionados à neurociência, os pilares para se chegar à inteligência emocional se caracterizam por cuidar do lado espiritual, que pode ser a fé, do lado social, que está interligado com as relações verdadeiras com pessoas, do físico, que engloba alimentação, exercícios e um sono de qualidade, e emocional, que engloba uma mente saudável. Ou seja, os relacionamentos que temos devem ser construtivos, os locais em que trabalhamos precisam ser cobertos de paz, a casa em que moramos deve se caracterizar por um ambiente de conforto e recuperação de energias.

Isso significa que a inteligência emocional está conectada a diversos âmbitos de nossas vidas, e todos eles devem estar em equilíbrio para que se consiga atingi-la. Não adianta, por exemplo, ter um ótimo relacionamento com os pais, que são as pessoas de sua convivência diária, porém no âmbito do trabalho ser submetido a situações constantes que são consideradas insustentáveis, como o assédio moral.

Por isso, quando um dos pilares está em desequilíbrio, nós perdemos, na maioria das vezes, a nossa positividade, concentração e foco, e isso causa um turbilhão de emoções que se tornam incontroláveis e nos fazem agir com impulso e de forma desesperadora. O melhor a se fazer, portanto, é prezar pela presença dos quatros pilares em níveis equivalentes e, ao mesmo tempo, compreender que as emoções fazem partes da nossa natureza e sempre vão estar presentes em diferentes intensidades e formas.