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Inteligência emocional: como reconhecer e lidar com as emoções

Como desenvolver Inteligência Emocional
Roberto Sachs
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Inteligência emocional é a habilidade de reconhecer, compreender, perceber e controlar as emoções, segundo o psicólogo comportamental e jornalista Daniel Goleman. Indicada para lideranças pelo menos desde a década de 90, a inteligência emocional tem sido também uma das soft skills mais requisitadas no mercado de trabalho hoje, independentemente do nível hierárquico do profissional.

No âmbito do mundo corporativo, podemos definir inteligência emocional como a habilidade de trabalhar sob pressão sem perder foco e agilidade na busca por resultados. Ela está muito ligada à concentração máxima e à capacidade de tomar decisões difíceis e rápidas em cenários de grande tensão ou incertezas, exatamente como o que vivemos hoje num mundo econômica e socialmente afetado pela pandemia da covid-19.

A falta de inteligência emocional pode causar grandes estragos na carreira de um profissional, já que não dominá-la é o primeiro passo para tomar atitudes com impulsividade e movidas pela emoção. Por outro lado, ao reconhecer e saber expressar e controlar seus sentimentos, a inteligência emocional permite que você exerça a empatia e favoreça a existência de ambientes de trabalho mais humanos e produtivos.

No artigo a seguir, vamos entender melhor a importância da inteligência emocional para as empresas, como desenvolvê-la e quais os principais benefícios de construir equipes com inteligência emocional bem preparada.

A importância da inteligência emocional nas empresas

Um estudo da empresa de consultoria Capgemini com empresas no mundo todo indicou que a inteligência emocional é a habilidade mais necessária para os profissionais desta década. De acordo com a pesquisa, 60% das empresas que investem no desenvolvimento da inteligência emocional de seus executivos e colaboradores demonstraram resultados até 20% melhores do que as que não o fazem.

A inteligência emocional se mostra ainda mais crucial quando levamos em conta o desenvolvimento de inteligências artificiais e a aceleração na automação de tarefas que, nos próximos anos, ameaçam extinguir profissões e acelerar a substituição de humanos por máquinas. Uma das poucas coisas que computadores ainda não são (e talvez nunca sejam) capazes de fazer é o de reconhecer e lidar com emoções humanas, e é justamente ao focar nesse aspecto que a inteligência emocional ganha ainda mais importância em processos como relacionamento com clientes e criação de produtos e soluções baseados na empatia.

Ainda segundo esse mesmo estudo da Capgemini, o problema é que muitas das empresas já reconhecem essa necessidade, mas poucas de fato estão tomando atitudes efetivas para desenvolver a inteligência emocional de seus colaboradores, especialmente entre os níveis hierárquicos de não-liderança, justamente os mais afetados pela automação do trabalho.

Dados da pesquisa mostram que menos de uma em cada cinco empresas oferecem treinamento de inteligência emocional para suas equipes de colaboradores. E apenas 40% analisam aspectos de inteligência emocional ao contratar pessoas para cargos que não são de liderança.

Com a pandemia e os diversos efeitos colaterais psicológicos e sociais do isolamento social e do trabalho em home office, esse cenário está mudando e a inteligência emocional tem sido cada vez mais considerada na hora das contratações.

Por isso, se você quer estar preparado para o novo mundo do trabalho, é importante saber como reconhecer e expressar suas emoções.

Quais são os pilares da inteligência emocional e como desenvolvê-la

O bilionário chinês Jack Ma, fundador do império de negócios Alibaba, admitiu certa vez que “não importa o quão inteligente você seja, se você não souber como lidar com pessoas, você nunca será bem-sucedido”.

Diferentemente da inteligência cognitiva ou lógico-matemática, que pode ser medida pelos testes de QI (quociente de inteligência) e nos permitem aprender e tomar decisões com base em repertório e lógica, a inteligência emocional, também chamada de QE (quociente emocional), não é uma habilidade congênita.

Em outras palavras, por mais que ela possa ser afetada por sua personalidade ou pelo ambiente em que você está inserido, a inteligência emocional não nasce com você e nem permanece a mesma ao longo de toda a sua vida adulta. A inteligência emocional pode ser desenvolvida e aperfeiçoada.

Daniel Goleman divide a inteligência emocional em quatro componentes:

  • Autoconsciência: Pela qual você entende suas próprias emoções e como elas influenciam o seu comportamento e desempenho
  • Autogestão: Como você controle as suas emoções diante de situações desafiadoras e as direciona para atitudes positivas
  • Gestão de relacionamentos: Como você interage com os outros ao trabalhar em equipe, administrar conflitos e inspirar seus liderados ou colegas
  • Social: A capacidade de compreender o ambiente e as pessoas ao redor aplicando a empatia e construindo uma cultura organizacional positiva

A esses quatro componentes, eu acrescentaria outros quatro pilares que dão sustentação ao desenvolvimento da inteligência emocional: o equilíbrio entre nossos lados físico, espiritual, mental e social.

Em outras palavras, precisamos manter o corpo e a mente saudáveis, através de exercícios físicos e atividades que estimulem nossos cérebros, e cuidar dos nossos relacionamentos não só no trabalho, mas também em casa e nos ambientes de convívio social para garantir o equilíbrio necessário à inteligência emocional.

Quando um desses pilares está em desequilíbrio e perdemos nossa positividade, concentração e foco, isso causa um turbilhão de emoções incontroláveis que nos faz agir com impulso e de forma desesperadora. O melhor a se fazer é compreender que as emoções fazem parte da nossa natureza e sempre estarão presentes em diferentes intensidades e formas. Nosso trabalho é reconhecer e saber controlá-las.

Gestão H2H: como colocar as emoções à frente

Há tempos que os teóricos e executivos de marketing falam em colocar sempre o cliente no centro dos negócios. Mas quando se fala em humanizar as relações com os clientes, de praticar a empatia na busca de sua satisfação, muitas vezes se esquece que do outro lado, da empresa, também estão seres humanos. Mais do que o B2C (Business to Client), como se costuma dizer no mundo corporativo, todos os relacionamentos sempre serão H2H (Human to Human), ou de humano para humano.

E é justamente por isso que todo relacionamento ou atendimento de uma empresa com o cliente precisa necessariamente levar em consideração suas emoções, saber reconhecer e lidar com elas. Compreender os problemas e dores do cliente através de uma conexão humana genuína e encontrar a melhor solução para atendê-lo. Seja ao vender uma turbina para uma usina hidrelétrica, seja na venda por impulso de um bem de consumo imediato.

E não há como se falar em compreender e administrar sentimentos em situações de tomadas de decisão de compra sem falar em inteligência emocional.

O mesmo vale para os relacionamentos internos nas empresas, especialmente os de lideranças em tempos tão difíceis e repletos de ansiedade e incertezas como os que vivemos. Praticar uma Gestão H2H é estar sempre atento aos sentimentos da sua equipe, adotar uma postura serena e equilibrada no relacionamento com eles e ter a capacidade de organizar suas tarefas para sobrar tempo para equilibrar melhor vida corporativa e pessoal.

Uma das características mais importantes da inteligência emocional é que ela é sempre validada na prática, através da expressão das suas emoções. Não tem certificado ou diploma colado na parede que garanta a maneira como você é ou gostaria de ser visto pelo seu time. É preciso ser, praticar e desenvolver a inteligência emocional todos os dias.

Central Rock de Emoções: a trilha para aperfeiçoar o seu QE

Há mais de 15 anos treinando e transformando empresas do Brasil, desenvolvi um método de capacitação profissional e emocional dos meus alunos chamado Trilha da Cores. O sistema é a pedra fundamental da Rock Ensina e já foi validado por dezenas de empresas nas quais atuamos.

O método Trilha das Cores consiste em identificar quatro perfis diferentes de comportamento, que dividimos nas cores Azul, Vermelha, Verde e Amarela, e então fornecer um treinamento personalizado que reforce os pontos fortes e desenvolva os pontos fracos de cada profissional. Não há cores melhores ou piores, certas ou erradas. O profissional que deseja se tornar bem sucedido no ambiente de trabalho moderno precisa dominar as forças e saber identificar e controlar as emoções de cada uma delas.

Inteligência Emocional - Central Rock de Emoções - Rock Ensina

A Central Rock de Emoções, que reproduzimos no gráfico acima, é a representação de como fazemos esse trabalho, percorrendo cada uma dessas competências.

Na trilha Azul, reforçamos a importância de estabelecer e documentar propósitos como um importante ponto de partida.

Na Verde, ensinamos como lidar com as pessoas e suas diferenças e como elevar sua capacidade de comunicação e de lidar com conflitos.

Na trilha Amarela, tratamos de hábitos que favorecem o desenvolvimento de uma mente aberta, que estimula a criatividade e a inovação.

E, por fim, na Vermelha, trabalhamos com o conceito da antifragilidade e de como transformar pequenos estressores e o risco em combustível para o empreendedorismo e o atingimento de resultados.

Acesse o site da Rock Ensina se quiser conhecer melhor nossos treinamentos e tornar-se também um rocker.

Roberto Sachs

Formado pela ESPM, com Extensão pela UCLA, Pós em Marketing Estratégico, e Mestre em Conflito de Gerações. Fundador da Rock Ensina, uma startup focada em preparar pessoas para a nova era do trabalho, com soluções de RH, Treinamentos e Carreira, e mais de vinte mil testes vocacionais.