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Entrevista de emprego: como contratar melhor

Como contratar melhor em uma entrevista de emprego
Helena Sachs
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Contratar as melhores pessoas para a sua empresa não é tarefa fácil. É preciso tomar alguns cuidados na entrevista de emprego para fugir de armadilhas que podem gerar frustração no futuro. Antes de tudo, porém, é importante avaliar como estão as suas lideranças. Falhas internas em gestão de pessoas e comunicação, além da falta de cuidado no pós-contratação, podem apagar talentos dos times e prejudicar diretamente os resultados da sua empresa.

No artigo a seguir, damos dicas de como se preparar para entrevistar candidatos e formar times de alta performance.

A sua empresa possui chefes ou líderes?

Liderar uma equipe é uma das tarefas mais complicadas nas empresas. Em primeiro lugar, é necessário entender a diferença entre chefes e líderes.

Chefes são geralmente menos treinados em habilidades de gestão de pessoas e por isso costumam ser mais focados em números e resultados, deixando de lado o aspecto humano de suas equipes. Chefes mandam e esperam ser obedecidos.

Já os líderes são aqueles que não se preocupam em exercer sua autoridade de cima para baixo. Líderes costumam tomar decisões democráticas, são abertos a negociar, sabem delegar tarefas e mantêm uma comunicação transparente com suas equipes.

Os custos invisíveis decorrentes de uma má gestão de pessoas com frequência levam a falhas de comunicação, conflitos geracionais, ansiedade, falta de atenção e baixo engajamento dos times.

Pessoas engajadas, com propósitos em comum, produzem muito mais e acabam se destacando nas empresas. Por outro lado, a falta de bons líderes, capazes de promover uma boa gestão de pessoas, leva ao apagamento de talentos e desmotivação.

Portanto, antes de partir para novas contratações, é importante avaliar as características de suas lideranças.

O que levar em conta ao preparar a entrevista de emprego

Com a questão da liderança resolvida, é o momento de avançar para a entrevista de emprego de novas posições.

O primeiro passo é identificar quais são as funções a serem preenchidas na equipe. Escreva um job description, ou descrição de vaga, e defina questões como: que atividades o candidato irá desempenhar? Ter exercido cargos similares anteriormente é essencial? A faculdade deve já ter sido concluída? É desejável algum curso de especialização?

Com esses dados já estabelecidos, a triagem inicial dos currículos fica muito mais fácil.

Além disso, defina se você está precisando de um estagiário, de um trainee ou de um funcionário mais experiente. Para funcionários regulares o que deve contar mais são suas habilidades técnicas e experiência anterior. No caso dos estagiários e trainees, vale a pena atentar para as atitudes e conhecimentos gerais do candidato.

A escolha do perfil de pessoa para preencher a vaga terá influência direta nas funções que ela irá exercer, bem como carga horária e salário.

Antes de realizar a entrevista de emprego com os candidatos, pense bem nas perguntas que irá fazer e prepare um roteiro. Faça anotações das respostas e estabeleça um critério de notas para cada uma das respostas.

Ter esse cuidado evita que você se perca na hora de comparar o desempenho de todos os candidatos a uma mesma posição.

7 dicas para uma entrevista de emprego bem-sucedida

Uma vez definidos os perfis dos candidatos desejados é hora de partir para as entrevistas de emprego. Veja a seguir algumas dicas para levar em consideração na hora de selecionar currículos e entrevistar candidatos para as vagas:

  1. Comece analisando os itens eliminatórios. Se é fundamental ter experiência de cinco anos em cargo similar, quem não atende a este requisito já sai logo de cara do processo de seleção. Em seguida, analise o segundo item que você definiu como sendo o mais importante. E assim sucessivamente.
  2. Observe a estética do currículo. Documentos objetivos, de no máximo duas páginas, indicam capacidade de organização e concisão. Currículos com muitos detalhes, imagens e cores podem enganar.
  3. Atente para o bom uso da língua portuguesa. Currículos com erros de português indicam que o candidato sequer se deu ao trabalho de fazer uma revisão.
  4. Faça pré-entrevistas com os candidatos por telefone. Quem titubeia demais ao responder a perguntas objetivas pode estar inventando dados. Chame para a próxima etapa da seleção os que tiveram desempenho satisfatório.
  5. Peça ao candidato que descreva situações difíceis vividas em experiências anteriores de trabalho. Saber como ele se saiu em situações de pressão é importante para entender como ele vai lidar com as novas responsabilidades que irá assumir na sua empresa.
  6. Explique objetivamente as atribuições da vaga para a qual está contratando. Isso evita mal-entendidos e quebra de expectativas que podem frustrar a contratação no futuro.
  7. Peça referências e, se possível, converse com empregadores anteriores. Telefonar ou trocar e-mails com departamentos de RH ou gestores anteriores do candidato traz mais segurança à contratação e pode trazer à tona questões importantes que não foram mencionadas no processo de entrevistas.

Contratei. E agora?

Não pense que depois da contratação acabou o investimento de tempo no capital humano. Ao contrário do que muitas pessoas imaginam, a parte de contratar é simples quando comparada ao trabalho pós-contratação.

Quando um novo funcionário entra para o time é hora de apostar as fichas no seu potencial. Por isso, cursos e treinamentos se tornam essenciais nesse momento.

Se, por exemplo, o cargo ocupado é o de vendas, é importante qualificar o funcionário para que consiga vender mais e melhor, buscando sempre priorizar o bom atendimento ao cliente.

Ajude-o a desenvolver habilidades de autoconhecimento, fazendo com que compreenda os seus pontos fortes e a melhorar.

Quando sabemos no que somos bons de verdade, conseguimos realizar e delegar tarefas com mais qualidade e eficiência.

Além disso é importante encarar os pontos fracos de frente para evitar surpresas e desenhar estratégias para o convívio diário e situações difíceis.

Isso faz com que a comunicação flua melhor entre os colaboradores, já que há a compreensão que todas as pessoas são diferentes e possuem um modo único de lidar com as coisas.

No final das contas, por mais que haja um propósito em comum à empresa, um time é formado por diversidade e cada colaborador tem papel importante e insubstituível nessa jornada.